domingo, 8 de dezembro de 2013

POLÍTICA: Terão os portugueses aquilo que merecem?

Sempre desconfiei daquela frase estereotipada segundo a qual cada povo tem os líderes, que merece. E quando olho para cavaco silva ou para passos coelho a perorarem banalidades na televisão, fico convencido: não, definitivamente os portugueses não merecem estes “líderes” por muito que os tenham ungido em sucessivas eleições.
Podem ser acusados de ingénuos por terem acreditado naquilo que julgavam corresponder aos seus interesses mas, na realidade, cavaco ou passos chegaram ao poder, não tanto pelos seus méritos, mas por efeito de uma comunicação social extremamente facciosa.
O que não admira, porque a quem pertencem os principais jornais e televisões? Aos belmiros, aos fernandes, aos balsemões ou aos angolanos da corte do zédu! Todos eles com interesses óbvios em pôr no poder quem lhes cuidasse da sua agenda de patrões apostados em incrementar as mais valias obtidas da exploração dos seus trabalhadores. Daí a extrema desigualdade entre o número de comentadores televisivos e autores de artigos de opinião nos jornais, que defendem pontos de vista de direita - uns favoráveis ao atual (des)governo, outros já a prepararem o terreno para aquele que os mesmos interesses pretenderão ver eleito em sua substituição - em comparação com os que interpretam a realidade numa perspetiva de esquerda.
É claro que, quando convidam Louçã, Sócrates, Augusto Santos Silva, Octávio Teixeira ou qualquer outro político da esquerda, não os move o propósito de garantirem uma pluralidade de opiniões. Apenas lhes interessa cultivar a aparência desse pluralismo, que os torna supostos defensores da liberdade de imprensa e da liberdade de expressão de pensamento.
Na realidade, os eleitores têm sido manipulados para votarem em quem os vai prejudicar, tendo escassas defesas para escaparem a essa cortina de fumo com que lhes tolhem a clarividência para optarem em  quem melhor lhes poderia defender os interesses.


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