quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

POLÍTICA: A avaliação PISA atira por terra as falácias de crato!

Os resultados da avaliação PISA aos sistemas de ensino praticados a nível mundial trouxeram motivos de congratulação para todos quantos acreditam na necessidade de uma escola pública de qualidade, preocupada em formar cidadãos para pensarem livremente e possuírem competências adequadas às sociedade do século XXI, mas só podem suscitar vergonha para a equipa que, com nuno crato, está à frente do Ministério da Educação a destruir o trabalho implementado durante os governos de José Sócrates.
O que nos dizem então esses resultados:
· em primeiro lugar, que os estudantes portugueses melhoraram significativamente os seus desempenhos entre 2003 e 2009, sobretudo durante o período em que Maria Lurdes Rodrigues foi a titular do Ministério em causa e foi possível lançar um conjunto fundamental de reformas ambiciosas - a utilização dos computadores nas salas de aula, a ampliação do ensino do inglês, a melhoria do parque escolar com a extinção de pequenas escolas em proveito de modernos centros escolares, a criação de turmas de recuperação dos alunos com maiores dificuldades, etc. - que permitiram a Portugal avançar significativamente na classificação em causa;
· entre 2009 e 2012 consolidaram-se esses mesmos resultados, mantendo Portugal entre os primeiros vinte e cinco países dessa avaliação e já muito perto da média dos países da OCDE;
· a Suécia, que crato e os seus seguidores pretendiam dar como exemplo do sucesso da privatização do ensino, pagou seriamente os custos dessa opção ideológica dando um tombo significativo na avaliação de que costumava disputar a liderança e é agora classificada abaixo de Portugal.
Com este rigoroso e inquestionável estudo internacional caem por terra as falácias de crato, quando criticava as práticas dos Governos de José Sócrates, que classificava de «facilitistas». E com o exemplo eloquente da Suécia também se reduzem a cinzas os argumentos em prol das vantagens da suposta «liberdade» de escolha entre o ensino público e o ensino privado.
De entre o terramoto político e social, que este (des)governo representa, a réplica cratista será uma das que maiores estragos deixará na sociedade portuguesa. E prova como é perigoso permitir que fanáticos ideológicos sejam autorizados a tomar decisões sobre a vida de milhões de cidadãos, que são pais, professores e alunos de um ensino, que deveria estar orientado para prosseguir as práticas comprovadamente positivas dos anos em que o Partido Socialista liderou o país.
Ao invés, o alucinado crato tratou de desfazer no trabalho efetuado, substituindo programas escolares à pressa contra o parecer de associações de professores, com a quase exclusiva preocupação em focalizar o estudo na preparação para exames em vez da aprendizagem crítica dos conteúdos .
Começando-se a fazer sentir os efeitos nefastos das suas políticas, crato ainda poderá estar, infelizmente, na cadeira do poder o tempo suficiente para ver infletida a evolução muito positiva da avaliação do sistema de ensino português na próxima avaliação PISA referente a 2013. Mas, como todos os desvairados, terá decerto retórica suficiente para atribuir a outrem as culpas que só cabem a ele mesmo.


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