sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

POLÍTICA: Gente minúscula... mas a causar muitos danos!

É uma questão pertinente de quem hoje se impacienta com a abulia dos desempregados, com a ausência dos jovens nas manifestações ou com a impotência dos reformados e pensionistas: o que é preciso que lhes façam mais para virem para a rua a arvorarem a sua mais que justificada indignação?
Nós que, nos acostumámos a um outro mundo, feito de convicções que julgávamos inabaláveis, despertamos num pesadelo com gente aparentemente respeitável a anunciar a condenação a assim vivermos doravante, sempre a contar os euros e os cêntimos e com o medo de dar com o céu a cair em cima das nossas desprotegidas cabeças.
E, no entanto, quantos lamentos idênticos se ouviram ao longo da História, antes de grandes sobressaltos revolucionários? Basta irmos a França, a esse início de maio de 1968, que os jornais viam como um país de gente que se aborrecia de tédio. Dias depois já se procurava a praia debaixo das pedras da calçada e estipulava-se que ser realista passava por exigir os impossíveis…
É claro que cada dia a suportar estes cratos, estes portas, estes passos coelhos ou estes cavacos, parece durar eternidades. Mas todos eles são gente minúscula, que a História não lembrará, nem sequer nas suas mais insignificantes notas de rodapé... 


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