terça-feira, 31 de agosto de 2021

Crónica de um desastre anunciado

 

Dia a dia os indicadores económicos vão empurrando as direitas para o seu labirinto sem saída. O desemprego vai baixando, a confiança dos empresários e dos consumidores supera os valores verificados antes da pandemia e as sondagens confirmam o desastre anunciado para as grandes vedetas lançadas para a frente do palco a ensaiarem-se como putativos sucessores de Rui Rio. O caso mais evidente é o de Carlos Moedas, que julgou-se ungido com a autoimportância conferida pela estadia em Bruxelas e se prepara para ter um resultado abaixo da soma de Assunção Cristas e Teresa Leal Coelho nas autárquicas anteriores. O saco de gatos, que o líder do PSD previu para o Partido Socialista quando António Costa sair, vai-se revelar bastante ruidoso quando a noite de 26 de setembro confirmar o que as sondagens vão perspetivando. E, à esquerda, mesmo com Medina a alcançar provável maioria absoluta, também será esclarecedora a superioridade do PCP sobre o Bloco se se confirmar o dobro da votação de João Ferreira sobre Beatriz Gomes Dias. Quanto ao candidato fascista ou ao ultraliberal a previsão grupuscular corresponde ao seu efetivo merecimento.

A sondagem da Aximage para o DN, o JN e a TSF deve ter causado arrepios pelos lados da Rua de São Caetano, ao demonstrar que, nas direitas, as hecatombes ideológicas não se verificam apenas em Cabul...

segunda-feira, 30 de agosto de 2021

A chatice de não saberem como recuperarem o pote

 

Garantir o Futuro foi um dos lemas do Congresso do Partido Socialista, que decorreu este fim-de-semana. E que constituiu uma imensa maçada para as oposições, sobretudo as acantonadas nas televisões, que não encontraram motivos bastantes para conseguirem apimentar os noticiários com os casos e casinhos inerentes à sua agenda editorial. Não há guerras internas, não se vislumbra quando António Costa sairá de cena e os discursos orientaram-se invariavelmente para o muito que tem sido feito e para outro tanto ainda por fazer.

Rui Rio, que não sabe como descalçar a bota incómoda em que se vê enfiado, não tem melhor reação do que olhar o PS como espelho do PSD e adivinhar fraturas e grandes cismas quando o primeiro-ministro deixar de o ser. Angustiado, refere cenas de bastidores que mais ninguém viu a não ser ele. Mas há quem leve o delírio mais longe e almeje a chegada desse dia como relacionado com a transferência de António Costa para importante cargo em Bruxelas. Para as direitas, a quem ele vai reduzindo a pífio chilrear, a solução parece ser a de o quererem promover à força para cargos internacionais esperançadas em terem alguma oportunidade perante o seu sucessor ou sucessora.

Face a tal pântano nas suas trincheiras há quem aposte no tempo que possa voltar para trás. No “Público”, José Eduardo Martins prega pelo regresso de Passos Coelho como sendo o único capaz de fazer regressar os perdidos prosélitos à Terra Prometida. A exemplo de quem anda por estes dias a enganar-se com o regresso aonde terão sido felizes - Santana Lopes à Figueira da Foz, Cristiano Ronaldo a Manchester - o antigo dirigente laranja parece esquecer a demonstrada lição de nunca se alcançarem soluções auspiciosas com a revisitação de mitificados passados. A não ser que, arguto como é, Martins queira enterrar definitivamente um antigo líder por quem nunca morreu de amores.

Uma última referência ao artigo de Boaventura de Sousa Santos sobre a TAP e que nos alerta para o quão ignóbil continua a ser a escolha editorial da RTP ao dar tempo de antena para o patrão da Ryanair repetir os seus conhecidos desaforos contra o governo da República e a decisão de fazer da companhia aérea uma das suas principais opções estratégicas. Ter um serviço público, pago com os nossos impostos, a cometer tal vilania só justifica que nos interroguemos quando, finalmente, se procederá à urgente barrela capaz de nos livrar de tão poluídas mentes. 

sexta-feira, 27 de agosto de 2021

Um pântano em vias de se tornar ainda mais movediço

 

Enquanto o índice de desemprego e o défice vão diminuindo, aumentando ao mesmo tempo a percentagem de portugueses com  a vacinação completa, as direitas entretém-se nos seus jogos florais desconfiadas de que, após 26 de setembro, Rui Rio e o Chicão ganharão bilhetes só de ida rumo ao merecido anonimato. E melhor destino não terão os ultraliberais nem os chegófilos, que verão esfumar-se o efeito da novidade da irrupção na política portuguesa e tenderão a minguar-se para a sua efetiva dimensão.

Talvez por isso procurem encontrar formas de escaparem ao prometido crepúsculo: duas das suas associações representativas, a Sedes e a presidida por Ribeiro e Castro (sim esse mesmo!), vieram propor mudanças à legislação eleitoral porque, enquanto ela favoreceu os seus desígnios, só lhe encontravam virtudes, mas agora que, comprovada a geringonça, a tende a marginalizar para longe do «pote» por muitos e bons anos, pretendem outra mais consonante com as suas vocações caciquistas.

Há também quem, do seu interior, procure forma de fazer das fraquezas forças e, por isso mesmo, o presidente laranja de Mafra, veio apelar a alianças pós-eleitorais com os apaniguados do Ventura, como se fossem eles a dar-lhe o mirifico soro da sobrevivência política.

Se o líder do PSD não gostou da acusação de António Costa a respeito do pântano, que grassa à direita, ele é tão evidente, que a chegada dos milhões destinados ao Plano de Recuperação e Resiliência o tornará ainda mais movediço para as suas ambições. Venham a seguir Paulo Rangel, Luis Montenegro, Nuno Melo ou qualquer outro figurão  dessas bandas, o seu futuro não se livrará das cores negras, que o presente já comporta. Até porque o desaparecimento de cena de Angela Merkel tenderá a precipitar o Partido Popular Europeu para outro provável ocaso, o do labirinto sem saída para quem nenhuma visão de futuro tem a apresentar.. 

segunda-feira, 23 de agosto de 2021

Quando queremos conseguimos ser dos melhores

 

Sempre detestei o discurso desqualificador de alguns a respeito do que é o nosso país, como se só nele sucedesse o que de pior possa ocorrer e, alhures, tudo fossem só maravilhas. Ao ouvir esse lado mesquinho de nos quererem apequenar sobre o que somos e o quanto podemos fazer de positivo, invariavelmente o contradisse com determinação até conseguir rendição incondicional do interlocutor.

É claro que tivemos o salazarismo, mas sempre contra ele se levantaram, os que resistiram e o quiseram derrubar. Não podemos negar os crimes do colonialismo, mas também não faltaram os que não pactuaram e conseguiram superar as incorporações para a guerra sem nela perderem a Humanidade. Devemos lembrar o quanto os nossos antepassados se envolveram no tráfico negreiro, mas também podemos lembrar ter sido época de gente iluminada, mesmo que desconsiderada como estrangeirada.

Se há algo de que nos podemos orgulhar atualmente é de, só termos de suportar como lastro inútil da nossa sociedade uns 2 ou 3% de negacionistas, que acreditam na nocividade das vacinas com a mesma convicção que leva alguns a crerem ser plana a Terra em que vivemos. Se é que aqueles não se juntam a estes últimos na mesma lunática teimosia.

Sermos um dos países a nível mundial em que o nosso processo de vacinação está mais avançado - e grande parte dos que nos antecedem nessa classificação têm populações bem mais pequenas e concentradas, que o facilitam - só pode confirmar-nos que, quando queremos, e temos quem nos lidere com competência, tudo se torna possível. E não se atribua apenas a Gouveia e Melo o exclusivo mérito, porque ele também é do Governo, que garantiu a aquisição das vacinas e as autarquias, que vêm disponibilizando pessoas e instalações para o efeito. 

sábado, 21 de agosto de 2021

Segredos e patins

 

Ao início deste sábado a campanha de vacinação prossegue a imparável ritmo para desgosto dos negacionistas, que insistem nas suas campanhas conspirativas e idiotas, em que só escasso número de néscios acreditam. Ao contrário do que se passa noutros países europeus e estados norte-americanos, os nossos compatriotas estão a demonstrar um elevado sentido de responsabilidade e de consciência em como a saúde de cada qual se interliga com a de todos quantos estão à sua volta.

Nos jornais e nas redes sociais questiona-se se se pode fazer alguma coisa contra essa minoria tão exígua quanto ruidosa. Conclui-se, porém, que a Constituição não abre espaço para proibir-lhes as ações por muito criminosas que pareçam a todos os demais. Se o nosso texto fundamental tivesse previsto artigos contra a estupidez decerto viveríamos hoje num país muito diferente do atual em que os mentecaptos têm liberdade plena para se revelarem enquanto tais.

E não será esse o sentido da proposta de revisão, que o PSD pretende fazer sem porém revelar quais os trinta artigos entendidos como merecedores de alteração. Porque resulta dos seus compromissos com o Chega de forma a conseguir apoio para o seu inefável governo dos Açores, podemos imaginar que, soubéssemos nós quais os conteúdos das alterações pretendidas, decerto comprovaríamos serem no sentido de uma maior liberdade de expressão para os imbecis ou da sua privação para os mais inteligentes. Numa entrevista ao «Público» o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro desafia Rui Rio a dar a conhecer tais teses antes das eleições autárquicas para o eleitorado corresponder com esse dado na hora de pôr os votos nas urnas. Mas sabemos bem quanto esse repto ficará sem resposta: numa altura em que tudo corre em seu desfavor - inclusive a notícia dos números históricos de quantos pretendem entrar no ensino superior no próximo ano letivo e aos quais o governo promete encontrar solução para verem satisfeitas as ambições! - o líder da Oposição já deve estar a preparar os patins para rapidamente deslizar para fora de cena na noite de 26 de setembro.

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Dissabores atlantistas

 

Das reações à vitória talibã no Afeganistão a que foi mais censurada foi a do Bloco de Esquerda, ao enfatizar a derrota humilhante dos Estados Unidos com um gáudio capaz de acicatar as suscetibilidades dos mais persistentes defensores do logro atlantista. Manuel Carvalho, diretor do «Público» lavrou editorial furibundo sobre essa posição política, que teve resposta acutilante de Catarina Martins.

Embora em anos recentes me sinta quase sempre em desacordo com ela, como não dar-lhe razão, quando critica o consenso de certos colunistas em torno da mentira crassa de a intervenção dos Estados Unidos no país da Ásia Central nunca ter tido como motivação, que as meninas pudessem estudar ou as mulheres trabalhar? Se assim fosse - acrescenta a líder do Bloco - já há muito teríamos o Pentágono a avançar para a invasão da Arábia Saudita a pretexto da defesa das mulheres desse país.

O que acontece com a opinião política dominante nos jornais portugueses é essa desculpabilização do carácter invariavelmente imperialista dos Estados Unidos cujas agressões de outros povos assenta exclusivamente nos seus interesses de cada momento, escusando-se a qualquer ponderação sobre os efeitos de médio e longo prazo.

Podemos lamentar a desdita das meninas e mulheres afegãs? Claro que podemos, mas elas não podem servir de biombo para contestar o que é a atitude norte-americana e o seguidismo acrítico dos demais membros da NATO. Se estes são chamados a colaborar nas opções agressivas do aliado de além-Atlântico, secundando-lhes as ações militares com os seus próprios soldados, nem sequer são ouvidos, quando ele opta unilateralmente por aquilo que lhe vaib«  dando jeito.

Uma vez mais a NATO confirma ser uma organização cujo prazo de validade deveria ter sido definitivamente selado com o desaparecimento do Pacto de Varsóvia. E é isso que os nossos «atlantistas», dentro e fora do PS, não querem sequer escutar... 

terça-feira, 17 de agosto de 2021

As nódoas de Biden

 

Joe Biden veio dizer que não se arrepende da entrega do Afeganistão aos talibãs mas as terríveis cenas de gente desesperada no aeroporto colam-se-lhe da mesma maneira que nunca se dissociaram de Gerald Ford quando Saigão caiu em 30 de abril de 1975. E a humilhação norte-americana pelos talibãs, que haviam sido expulsos do poder há quase vinte anos, na sequência do 11 de setembro, é equivalente à proporcionada pelos khomeinistas em Teerão, quando Jimmy Carter era presidente em 1979.

Biden associa-se assim a dois dos mais fracos presidentes norte-americanos da segunda metade do século transato. E conhecerá provavelmente o mesmo destino: se Ford nem se atreveu a concorrer a novo mandato, Carter viu-se derrotado por Reagan, cuja perfídia levara a negociar secretamente com os iranianos para que a libertação dos reféns se verificasse com ele na Casa Branca.

Ao contrário do que me dizia ontem alguém muito próximo até nem é a primeira nódoa no curriculum daquele que celebráramos como presidente apenas porque a alternativa era incomensuravelmente pior. Já na crise cubana ele não só fizera orelhas moucas aos pedidos de muitos dirigentes ocidentais para que acabasse com o bloqueio à ilha caribenha, como, ademais, prometeu avançar para uma espécie de Baía dos Porcos digital. Anteriormente não se pode esquecer que secundou George Dabliú na decisão de avançar para as suas guerras no Afeganistão e no Iraque, como foi cumplice desse grande logro político chamado Barack Obama, cuja marca de passagem pela presidência acabou por ser uma mão vazia e outra cheia de nada.

Se nas primárias do Partido Democrata para as eleições de novembro transato a minha preferência fora outra (Elizabeth Warren), Biden vai-me confirmando todas as razões para concluir que é mais um caso de erro de casting.

O mesmo que vai ocorrendo no Partido Trabalhista inglês com Keir Starmer. A agora anunciada decisão de expulsar Ken Loach (o realizador do imperdível «Eu Daniel Blake») só confirma a mesquinha perseguição a todos quantos se tinham associado a Jereny Corbyn e haviam condenado a campanha de mentiras lançada contra o suposto antissemitismo deste último. Se os apaniguados de Tony Blair querem evitar que se repita o regresso do partido às suas origens ideológicas, pugnando por um socialismo consequente e não apenas de fachada, vão cavando ainda mais a inevitabilidade de humilhantes derrotas futuras.

quinta-feira, 12 de agosto de 2021

Os números do INE e a urgente mudança do sistema económico

 

Os números mais recentes do INE devem ter dado a Rui Rio a perceção da aceleração do curso da areia na ampulheta, que mede o tempo em falta para a sua queda dentro do PSD, O crescimento económico de 4,9% em cadeia no segundo trimestre deste ano e de 15,5% em relação ao período homólogo de 2020 demonstra que, apesar de casos como a Dielmar, esse indicador está em franca progressão. Melhor ainda há mais 36 mil portugueses empregados do que quantos se contavam no mesmo trimestre de 2019, mesmo reconhecendo-se a precariedade de muitos deles.

Se o eleitorado vota de acordo com quanto tem na carteira a implementação dos investimentos propiciados pela bazuca europeia só tenderá a consolidar uma maioria governamental que dispensará a muleta dos partidos das direitas.

Esse curto/ médio prazo não invalida a circunstância de vermo-nos obrigados a livrarmo-nos dos excessos consumistas se queremos evitar o anunciado Apocalipse climático. Não deixa de ser perturbador que haja quem afiance a necessidade de replicar nos anos vindouros a redução de emissões de dióxido de carbono - 7% - conseguida no último ano graças à redução da circulação rodoviária, aérea e marítima por causa da pandemia. Se queremos limitar o aumento da temperatura média do planeta a 1,5ºC seria necessária uma pandemia anual e, ainda assim, não nos livraríamos da acidificação e da subida do nível dos oceanos. Ou então uma mudança de sistema económico, porque a predação dos recursos naturais e o seu consumo pelo capitalismo selvagem, ainda vigente, só acelerará essa insustentabilidade da vida em grande parte do planeta, quando o legarmos aos nossos netos. Mais uma razão para pugnarmos por uma sociedade diferente em moldes socialistas e ecológicos. Algo que assustará sempre quem vive da especulação financeira ou da exploração de recursos energéticos não renováveis, mas que será uma prioridade para as novas gerações que sentirão na pele, mais do que a dos mais velhos, as consequências de nada continuar a ser feito de substantivo para alterar a deriva assustadora para que nos empurram as direitas a nível mundial. 

quarta-feira, 11 de agosto de 2021

A maligna irracionalidade de gente deplorável

 

1. Na sua crónica de hoje Rui Tavares lembra no «Publico» uma frase eloquente de David Hume sobre as mentiras e preconceitos acreditados por muita gente inepta: “Não se consegue tirar racionalmente uma pessoa de uma crença na qual não entrou racionalmente”.

A citação faz pleno sentido se lermos o inenarrável texto de uma secção transmontana do Chega que alguns amigos têm tornado virtual nas redes sociais sem conseguirem exprimir quaisquer comentários, porque ele fala por si: revela uma tal idiotice de quem o escreveu, que adivinhamos-lhe um QI correspondente. O problema é que os mentecaptos não gostam de ser como tal considerados. Pelo contrário ufanam-se de umas certas «verdades», que só eles vislumbram. Daí que seja difícil trazê-los para a realidade e fazê-los compreender quão afastados dela estão. Mas alienados por televisões, que competem entre si na divulgação dos valores e sons das músicas pimba, por padres e pastores evangélicos pródigos em lhes requererem óbolos e dízimos a troco de prodigiosos encantos no Além ou deixando-se embalar pelos discursos populistas e xenófobos de Ventura & Cª, eles são deploráveis, como os classificava Hilary, quando os reconhecia como apoiantes de Trump e dificilmente têm remissão. A consciência política e, sobretudo de classe, vai-se consolidando numa vida de efetiva participação cívica, de permanente aquisição de conhecimentos e de análise criteriosa de qual a mais credível informação.

Infelizmente nada dessas três vertentes coincidem com o percurso de vida feito por tal gente. Que, inconsciente, disponibiliza-se para se constituir idiota útil ao serviço de interesses que, quase sempre são opostos aos que deveriam salvaguardar.

2. Outro caso que já dispensa grandes comentários é o do percurso político de Pedro Santana Lopes. Naturalmente que ele justifica que revisitemos a velha frase de Hegel, que dizia a História sempre capaz de se repetir pelo menos duas vezes. Ao que Marx acrescentou ser a primeira uma tragédia, a segunda uma farsa.

No caso de Santana Lopes foram trágicos os meses em que foi primeiro-ministro e acumulou um sem-número de trapalhadas até Jorge Sampaio o devolver à procedência por manifestamente incompetente para o cargo. Daí em diante tem sido um contínuo rol de tentativas de regresso à ribalta culminadas com as derrotas nas eleições internas do seu antigo partido, a criação de um outro de que, entretanto, saiu e, agora, a pretensão de regressar ao sítio onde melhor julga alcançar os seus objetivos. Mas as embrulhadas de puro amadorismo são de tal monta, que verá possivelmente impugnada a candidatura para lástima da conhecida peixeira em cuja casa se albergou e cuja ânsia de protagonismo a tentou a associar-se de novo a tão desqualificado cúmplice.