Ao início deste sábado a campanha de vacinação prossegue a imparável ritmo para desgosto dos negacionistas, que insistem nas suas campanhas conspirativas e idiotas, em que só escasso número de néscios acreditam. Ao contrário do que se passa noutros países europeus e estados norte-americanos, os nossos compatriotas estão a demonstrar um elevado sentido de responsabilidade e de consciência em como a saúde de cada qual se interliga com a de todos quantos estão à sua volta.
Nos jornais e nas redes sociais questiona-se se se pode fazer alguma coisa contra essa minoria tão exígua quanto ruidosa. Conclui-se, porém, que a Constituição não abre espaço para proibir-lhes as ações por muito criminosas que pareçam a todos os demais. Se o nosso texto fundamental tivesse previsto artigos contra a estupidez decerto viveríamos hoje num país muito diferente do atual em que os mentecaptos têm liberdade plena para se revelarem enquanto tais.
E não será esse o sentido da proposta de revisão, que o PSD pretende fazer sem porém revelar quais os trinta artigos entendidos como merecedores de alteração. Porque resulta dos seus compromissos com o Chega de forma a conseguir apoio para o seu inefável governo dos Açores, podemos imaginar que, soubéssemos nós quais os conteúdos das alterações pretendidas, decerto comprovaríamos serem no sentido de uma maior liberdade de expressão para os imbecis ou da sua privação para os mais inteligentes. Numa entrevista ao «Público» o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro desafia Rui Rio a dar a conhecer tais teses antes das eleições autárquicas para o eleitorado corresponder com esse dado na hora de pôr os votos nas urnas. Mas sabemos bem quanto esse repto ficará sem resposta: numa altura em que tudo corre em seu desfavor - inclusive a notícia dos números históricos de quantos pretendem entrar no ensino superior no próximo ano letivo e aos quais o governo promete encontrar solução para verem satisfeitas as ambições! - o líder da Oposição já deve estar a preparar os patins para rapidamente deslizar para fora de cena na noite de 26 de setembro.
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