domingo, 6 de outubro de 2013

LITERATURA: «Chegou a sua última hora» de Albert Ostermeier

Na Alemanha a rentrée literária trouxe consigo o novo romance de Albert Ostermeier: "Seine Zeit zu sterben" («Chegou a sua última hora»).
O cenário para a história é a “Streif”, uma das mais perigosas descidas do ski alpino. Uma vez por ano a cidade de Kitzbühel vive ao ritmo desse acontecimento:  a festa é permanente, o ambiente convida à descontração com muito champanhe e botox.
De início nada parece estar a acontecer, mas, pouco a pouco, vai começando a pressentir-se o cataclismo iminente. Que já terá ocorrido ou ainda irá suceder. Não se sabe.
Há um predador sexual, que fugiu da prisão e vagueia por ali e a mafia russa também espreita tudo quanto vai acontecer.
Até que, subitamente, num dos dias dedicados ao culto da neve e da velocidade, uma criança desaparece na pista. Aquilo que parecia um mundo quase perfeito voa em estilhaços, porque crescem as dúvidas: o que se terá passado? Um acidente? Um rapto? Ou talvez um drama familiar?
Num romance trepidante, passado num só dia, Albert Ostermeier conta uma corrida contra a morte que ameaça engolir tudo tal qual uma avalancha.
Na obra de Albert Ostermeier a morte é tema recorrente, talvez porque a paixão pela literatura remonta aos seus alunos de escola, quando leu «A Morte de Danton» de Georg Büchner pela primeira vez.
Iniciando-se nas letras como poeta e dramaturgo, já foi o autor residente do Teatro de Estado da Baviera (Bayerisches Staatsschauspiel) e do Burgtheater em Viena. Aos 45 anos é dos autores mais representados nos palcos germânicos. E tem sido diretor artístico em diversos festivais.
O seu primeiro romance «Zephyr» data de 2008, quando se interessou pela possibilidade de ficcionar o assassinato da atriz Marie Trintignant pelo namorado, Bertrand Cantat.


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