Neste outono a Taschen irá lançar um álbum de fotografias de Andrew Birkin sobre um dos casais míticos da segunda metade do século XX: a sua irmã Jane e Serge Gainsbourg.
Nos anos setenta era considerado o casal mais glamouroso e sexy da cena artística internacional, rivalizando apenas com Lennon e Yoko Ono, cujas inquietações políticas subvalorizavam esse lado sensual. Tanto mais que o tema «Je t’aime moi non plus» causava a ira do Vaticano e de todas as embotadas luminárias, que o pretendiam silenciar nas rádios e televisões internacionais.
Quando essa canção serviu de banda sonora à Primavera marcelista, que tantas ilusões suscitava em 1969, vinha ao encontro precisamente dessa sensação - avivada pelos acontecimentos de maio do ano anterior em Paris - em como as coisas não continuariam a ser como eram.
E, no entanto, quando se encontraram no ano anterior, Jane e Serge não sentiram grande atração um pelo outro. Ele vinha de uma relação com Brigitte Bardot e ela acabara a ligação ao compositor John Barry. Mas, quando se decidiram a juntar os trapinhos, tornaram infinito o amor durante os doze anos em que constituíram uma das famílias mais mediáticas do seu tempo, sempre acossada pela curiosidade dos paparazzi.
Até 1980 Andrew Birkin foi hóspede regular do casal, captando-lhes milhares de fotografias. Até agora inéditas, essas imagens dão a conhecer a intimidade dos fotografados, e sobretudo testemunham uma época de transformação de valores e comportamentos
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