domingo, 20 de outubro de 2013

POLÍTICA: mesmo que péssimo para o ambiente, o futuro ainda é dos hidrocarbonetos?

É conhecida a antipatia da generalidade das empresas petrolíferas pelas energias renováveis.
Por agora as mais valias para os acionistas obtidas da exploração de hidrocarbonetos continuam a ser consideráveis, pelo que fica seguramente garantida a falta de investimentos para a investigação científica capaz de acelerar as técnicas de aumento do rendimento das fontes alternativas.
E as décadas que se seguem ainda serão caracterizadas por economias baseadas no petróleo como fonte privilegiada de energia, mesmo que à custa de sérios danos ambientais.
Segundo o relatório de 2013 do Conselho Mundial da Energia, divulgado na semana que passou, as reservas mundiais de petróleo dão neste momento para 56 anos de produção e podem quadruplicar se forem tidas em conta as fontes não convencionais, como o petróleo de xisto, as areias betuminosas, o betume natural e o petróleo pesado.
No mesmo relatório estimam-se as reservas de carvão para cem anos de produção e as de gás natural para 55.
Face a esta realidade é fácil concluir que os governos e os oligopólios do setor da energia irão continuar a esquecer um dos conselhos mais avisados de Benjamin Franklin: “o investimento no conhecimento é sempre o que tem melhor rendimento.”


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