segunda-feira, 21 de outubro de 2013

MÚSICA: Barbara Hannigan, personalidade musical do ano em França

Em maio este blogue abordou a biografia e as interpretações de referência da soprano e diretora de orquestra Barbara Hannigan. Considerávamo-la então como um dos nomes incontornáveis da música erudita dos nossos dias. Voltamos novamente a referi-la pelo facto de acabar de ser designada como «personalidade musical do ano» pela prestigiada crítica francesa.
A ópera é, de facto, o que interessa a Barbara Hannigan. Cantando-a, dançando-a e até dirigindo-a com a sua reconhecida graça. A diva da música contemporânea é aclamada pelas instituições líricas e pelas salas de concerto do mundo inteiro. Como sucedeu no Grande Auditório da Gulbenkian em janeiro deste ano.
Muito ligada á música do século XX, ela é exímia especialista do dodecafonismo, embora inclua igualmente Bach, Haendel ou Mozart no seu reportório.
Embora vivendo atualmente em Amesterdão, Barbara Hannigan é canadiana e, desde muito nova, soube que seria a via artística aquela em que conseguiria realizar-se, mesmo obrigando-a a vencer uma atávica timidez.
Aos 42 anos ela já pode orgulhar-se de ter trabalhado com Karlheinz Stockhausen, Hans Werner Henze, Louis Andriessen, Pascal Dusapin e Pierre Boulez, ou com os sulfurosos La Fura dels Baus numa encenação do «Grande Macabro» de Ligeti. A sua «Lulu» de Berg ficou canónica e «Written on Skin»  de George Benjamin  fez sensação no festival de Aix-en-Provence.
Este ano de 2013 ainda a viu apresentar uma nova gravação de obras de Benjamin Britten.


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