terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

POLÍTICA: Triste sina a de ter nascido cigano nos Balcãs!


A Sérvia conta atualmente com 250 a 500 mil ciganos. Muitos deles fugiram do Kosovo, durante a guerra de 1998-1999. Sem emprego nem futuro, sobrevivem graças às exíguas ajudas sociais nos acampamentos instalados em terrenos situados nas periferias das cidades.
Em 2005 a União Europeia impôs como seu objetivo, para os dez anos seguintes, a integração dos ciganos de toda a Europa. Ora, para os que vivem na Sérvia, nada mudou. Salvo o desejo de escapar à precariedade, deixando o país em busca de melhor vida para a família.
Passaram-se, entretanto, catorze anos desde o fim do conflito e estes refugiados, doravante considerados como sérvios, estão coartados na liberdade de viajarem. Os pedidos de asilo na Alemanha aumentaram significativamente, mas mantém-se aí a falta de oportunidades já que, quem ali conseguiu entrar, não conta com dinheiro nem com competências suficientes para encontrar a estabilidade de um emprego.
Agora, pressionada pelo aumento desses pedidos de asilo, a União Europeia e alguns dos seus estados membros, confrontam a Sérvia com a necessidade de fecharem as fronteiras a tais populações, sob pena de adiamento ad eternum da pretendida adesão ao seu espaço comum. Reforçaram-se por isso mesmo os controles na fronteira, o que só serviu para melhorar o negócio dos passadores clandestinos.
Apátridas, estigmatizados num país aonde o desemprego atinge 30% da população, os ciganos sentem-se abandonados pela Europa.


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