Em Alexandria, Durrell não parou de escrever, ainda imbuído das vivências gregas e particularmente de Corfu. Aos trinta e dois anos, a vida e a guerra deram-lhe vivências tais, que escreve a Henry Miller: Hoje estou bem mais maduro e com uma enorme quantidade de coisas para contar.
Os oito anos subsequentes serão de vida desordenada, instável, plural. Assim, em 1945, instala-se na Ilha de Rodes e publica «Prospero’s Cell». Dois anos depois desposa Eve Cohen, publica «Cefalu» e passa alguns meses na Argentina como diretor do British Council. Em 1949 está em Belgrado como adido de imprensa e publica «Key to Modern Poetry» em 1952, o ano do nascimento da sua filha Sappho-Jane e do fracasso do seu segundo casamento.
Tudo iria mudar a partir de 1953, quando já conta ter dinheiro suficiente para se dedicar ao «Quarteto de Alexandria» sobre o qual já há congeminava. Instala-se, então, em Chipre e arranja um emprego como professor de liceu para complementar os rendimentos mensais. Cada estadia mediterrânica relançava-lhe a inspiração. Pelo contrário a Jugoslávia aborrecera-o, a Argentina fora-lhe indiferente, enquanto Chipre o encantara. Foi aí que concluiu «Justine» em 1956, embora a guerra civil aí declarada o tenha obrigado a regressar a Inglaterra.
É nesse regresso à Albion que escreve, em seis semanas, «Bitter Lemons» com que ganha o Prémio Duff Cooper de 1957, ano em que também surgem «Stiff Upper Lip», «Selected Poems» e «Justine».
O primeiro volume do «Quarteto» garante-lhe o sucesso mundial e a possibilidade de, doravante, só se consagrar à literatura.
E, nesse mesmo ano de 1957, e a conselho de Richard Aldington, instalou-se em Sommières, perto de Montpellier.
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