«Para que serve um orçamento impossível?», interroga-se o economista José Castro Caldas na edição de Novembro do «Le Monde Diplomatique». E responde: Ninguém acredita que o Orçamento de Estado para 2013 possa cumprir as metas do défice nem da dívida, mas não é para isso que ele serve, com a espiral recessiva e regressiva em que vai afundar o país. Serve para levar à prática e depressa, um programa de privatizações, de aumento da exploração dos recursos naturais e humanos e de transformação da segurança social, da saúde e do ensino em fontes de lucros para o setor privado, e em particular, financeiro.
E, quase no final do seu artigo, o autor aborda a questão candente dos quatro mil milhões de cortes nas despesas sociais, com que passos coelho e vitor gaspar querem «refundar» o Estado, apresentando uma alternativa muito mais sensata: Para obter os quatro mil milhões da «refundação do Memorando» seria necessário um corte de 2% nos juros. Esse é aproximadamente o valor que os fundos europeus nos cobram acima da taxa a que esses fundos obtêm os seus empréstimos.
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