Na aldeia austríaca de Kals as pessoas vivem de acordo com o ritmo das estações, adaptando-se ao curto verão e à precocidade dos rigores invernosos. Tradicionalistas, cumprem a rigor os ritos e as festas anuais, que têm como referências principais a festa de São João em junho e a do Natal.
Situada num vale, a aldeia tem ali ao lado a montanha mais elevada do país, a Grossglockner, que alcança 3798 metros no maciço do Hohe Tauern e separa as províncias da Caríntia e do Tirol Oriental.
Após os oito meses da pausa de inverno, o casal Riepler sobe do vale para cuidarem do abrigo Glorerhütte, que é o ponto de passagem obrigatório para os alpinistas, que apostam em chegar ao cume e daí desfrutar uma paisagem em nada inferior à conseguida com quantos chegam ao topo do Evereste.
O documentário acompanha o quotidiano de Toni e Gitti Riepler desde a preparação do abrigo para acolherem um máximo de sessenta hóspedes até à ascensão dele e de outro guia com um grupo de alpinistas decididos a cumprirem o objetivo em causa. Apesar de já terem sido muitos a perderem a vida em tal ascensão.
Mas a época conclui-se com Toni a lamentar que, depois de dois meses animados, os seguintes tenham sido de escassa clientela. Pressente-se que, também por ali, o negócio já terá conhecido melhores dias.
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