A literatura escandinava tem-nos dado excelentes escritores do género policial e ainda nos faltam descobrir uns quantos. Por exemplo o norueguês Gunnar Staalesen, que cria histórias envolventes em torno de uma espécie de Philip Marlowe chamado Varg Veum.
Em «Comme un miroir», seu décimo romance com tal personagem, e agora publicado em França, volta a estar em questão a Noruega que, de país ainda pobre há não muito tempo e enriquecido graças ao petróleo, viu alterados os seus valores e mentalidades.
Temos então uma investigação a partir de uma rede de prostituição de menores, que conduz ao tráfico de imigrantes clandestinos em navios que regressam de África depois de, para ali, terem levado resíduos tóxicos a partir de Bergen.
Para densificar a intriga temos uma advogada, que contrata Varg para encontrar a irmã e o cunhado, cujo desaparecimento acaba por se relacionar com a morte trágica da mãe dela trinta e cinco anos atrás.
Quem aconselha o livro di-lo rigorosamente estruturado e sugestivo.
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