quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

FILME: «Violeta se fue a los Cielos» de Andrés Wood



Violeta Parra suicidou-se em 5 de fevereiro de 1967 com um tiro na cabeça, apesar de ter composto uma das mais belas canções do reportório latino-americano: «Gracias a la vida». Tinha 50 anos e sempre se consagrara a recolher as cantilenas populares, que estavam condenadas a desaparecer com o advento dos tempos modernos nos ambientes rurais.
Filha de uma camponesa e de um professor primário contava com a amizade do poeta Pablo Neruda, que a definiu como alma incendiária e incendiada do Chile. Foi esse país e a sua cultura que, de viola na mão, cantou nos palcos internacionais, nomeadamente nos soviéticos e polacos, com temas sobre a miséria e o sofrimento do sue povo, mas também sobre a sua esperança e espírito de revolta.
O filme «Violeta» de Andrés Wood constitui uma biografia convencional, mas tem o grande mérito de recordar uma grande voz, que convém sempre ter presente nas lutas por que não tardaremos a passar. Porque os seus versos - a exemplo dos do Zeca - continuarão imorredoiros. E, ademais, a interpretação de Francisca Gavilan é referenciada como comovente...

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