O “prémio” de hoje vai para fernando leal da costa, secretário de estado da saúde, que já se “notabilizara” por algumas afirmações vergonhosas contra o governo anterior e hoje emitiu o apelo aos portugueses para que recorram menos ao Serviço Nacional de Saúde (SNS) como forma de lhe reduzirem os custos.
Falta de sensibilidade social, já alguns comentaram a propósito de tais palavras. Mas, sobretudo, denota uma visão ideológica sobre o setor, que tem há muito fortes raízes na direita portuguesa. É o «Quem quer saúde paga-a!», emitido por um, tristemente célebre, deputado de tempos idos ou a versão nacional do thatcherismo no seu máximo esplendor, já que se coaduna com o que se sabe hoje da sinistra ex-primeira-ministra inglesa, que só não acabou com o SNS no seu tempo de (des)governo, porque os próprios colegas de governo quase se amotinaram.
“Que bom será quando a saúde não custar um cêntimo ao Estado e só quem tiver algum dinheiro o pode entregar aos privados, que tiverem então os hospitais por sua conta.” - é o que vai na cabeça destas luminárias comandadas por Paulo Macedo, um homem proveniente de um dos principais grupos apostados em garantirem lucros com a medicina privada...
Sem comentários:
Enviar um comentário