sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

POLÍTICA: a mentalidade de faroeste


Quantos mais tiroteios terão de haver como o do Connecticut para os políticos do Congresso e do Senado legislem no sentido civilizacional de limitar ao máximo a utilização de armas por cidadãos, que a elas não devem aceder?
Quantas mais crianças terão de morrer até o enorme clamor coletivo calar de vez esses energúmenos da National Riffle Association, que defendem uma leitura da Segunda Emenda Constitucional tendente a possibilitar a cada norte-americano o direito a disporem das suas armas?
Para essa gente, que teve Charlton Heston como seu principal representante, e se conota com as franjas mais reacionárias do Partido Republicano, o principal argumento para o direito ao porte de arma é o de cada um se poder defender ripostando eficazmente contra quem o pretenda alvejar. Será que, se hoje interrogados, diriam que o problema terá residido no facto de as crianças das escolas primárias ainda não terem acesso a armas, porque se o tivessem poderiam eliminar eficazmente o assassino?
A América, mítica terra dos sonhos, converte-se muito frequentemente num espaço de pesadelo. E muitas coisas terão de mudar para que faça jus às expetativas alimentadas em tantas gerações de imigrantes…
Para já há quase trinta vítimas, na maioria crianças, a acrescentarem-se ao rol de quantas acabaram na listagem de quantas terão perdido a vida pela manutenção de uma mentalidade de faroeste!

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