Agora que o novo ano já espreita, o Ventos Semeados vai abrir uma nova secção intitulada «Crápula do Dia», na qual se «premiará» regularmente uma personalidade merecedora de referência pela sua desprezível conduta.
Contrariamos assim uma célebre regra ditada há umas décadas pelo realizador francês François Truffaut, a quem um dia acusaram de só publicar críticas positivas aos filmes sobre que escrevia, e ao que ele redarguia com o merecimento do silêncio para os demais.
Mas poderíamos deixar tais biltres entregues ao seu desmerecimento sendo eles capazes de gerarem tão nefastos danos, ainda que nos circunscritos ambientes que influenciam. Por isso convém, pelo contrário, denunciar tal gente enquanto verdadeiros delinquentes à solta, que devem, de facto ser publicamente execrados.
E, para iniciar esta rubrica, começamos logo com dois exemplares de eleição.
O primeiro nunca tinha surgido no nosso horizonte, mas aterrou agora com todo o estrondo devido ao anacronismo das suas opiniões afixadas à porta da igreja aonde supostamente serve os desígnios do Senhor seu Deus. Segundo ele as mulheres, com as suas roupas curtas e ofensivas, estão a afastar-se da vida virtuosa em família, provocando instintos em criminosos.
Don Piero Corsi, padre de San Terenzo, ao norte de Itália, exprime assim uma opinião repugnante, desculpabilizadora de violadores e de outros predadores sexuais, como se a mulher continuasse a personificar para a Igreja a própria representação do pecado.
O outro crápula do dia foi diretor do «Público» durante muitos anos e ainda continua a ditar as suas teses odiosas enquanto colunista.
Ele que é mais um lamentável exemplo de como alguns extremistas de esquerda o são fanaticamente, quando os tempos revolucionários o suscitam, e logo viram para a extrema-direita quando são as troikas e as obscuras eminências pardas do setor financeiro a tudo parecerem controlar, tem o desplante de encabeçar um movimento bloguista de condenação a Nicolau Santos pelo sucedido com a presença de Baptista da Silva no seu programa.
Não chega a ser triste a desmesurada infâmia a que chegam os josémanuelfernandes deste tempo. Porque há sempre a esperança de estar para breve a tal manhã clara e limpa, de que falava Sophia a propósito do 25 de abril, que remeta para a esterqueira os fautores deste tipo de imundície...
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