Concluída a noite eleitoral quase existe unanimidade em todos os comentadores televisivos quanto à colossal derrota de passos coelho e de alberto joão jardim, à pífia vitória de Seguro e ao sucesso estrondoso de António Costa.
Terão sido resultados à medida dos meus desejos? Claro que não! Depois de tudo quanto o (des)governo tem feito, os resultados nacionais deveriam ter-se assemelhado bem mais aos de Lisboa assim tivesse o Partido Socialista conseguido convencer os eleitores das capacidades superlativas do seu líder. A perda de Braga, da Guarda, de Beja, de Évora ou, sobretudo de Matosinhos, demonstrou sobejamente as já pressentidas limitações estratégicas de Seguro e dos seus mais próximos colaboradores.
Dirão os que mantém a ilusão em tão frágil liderança, que houve Gaia, Sintra, Funchal, Coimbra ou Vila Real, mas o demérito dos perdedores não significa propriamente uma valia efetiva de quem ganhou!
Corremos o risco de chegarmos às legislativas e termos Seguro como primeiro-ministro durante uns meses e nova conjugação da direita com o PCP e com o BE precipitar o Partido Socialista para nova travessia no deserto. Com uma dificuldade acrescida: quando Seguro sucedeu a Sócrates ainda tinha de herança um projeto visionário de crescimento e de modernização do país, que fazia todo o sentido. Com a atual liderança o vazio de ideias chega a ser tão confrangedor, que se desconhece de facto quais as respostas fundamentadas a dar a todas as questões relacionadas com a prática governativa neste contexto de crise!
Se até nas empresas qualquer gestor sabe qual a importância do capital humano e da sua identificação com a Missão e com a Visão para que devem ser motivados, questiona-se: quando saberemos as que o PS propõe?
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