Ao longo da História da Humanidade os Impérios valeram-se de possuírem armamento mais sofisticado do que os seus rivais, assegurando a supremacia económica a partir da capacidade de derrotarem e eliminarem quem a eles se opusesse.
A atual obsessão norte-americana com a espionagem eletrónica via NSA ou dos seus drones ou a da China com a aposta na exploração espacial não são mais do que a expressão contemporânea dessa inevitabilidade geoestratégica.
Assim sucedeu, igualmente, no tempo dos faraós egípcios como o demonstra a expedição científica concretizada por uma equipa de investigadores apostados em demonstrar como o surgimento do carro de combate foi a vantagem necessária para derrotar os Hicsos há cerca de três mil e seiscentos anos.
As ilustrações encontradas nas paredes dos túmulos e templos egípcios dessa altura mostram precisamente os faraós a combaterem, lançando-se com determinação para a batalha em carros puxados por cavalos.
Segundo os historiadores o aparecimento de tal veículo significou uma autêntica revolução tecnológica, que permitiram os faraós do Novo Império alargarem as suas fronteiras.
A originalidade desses carros, a velocidade a que podiam chegar e a versatilidade com que evoluiriam no campo de batalha são testadas pela equipa de arqueólogos, engenheiros, carpinteiros e domadores de cavalos, que se empenham na construção de duas réplicas de acordo com que julgam ter sido feito naquele passado distante.: o primeiro veículo, mais ligeiro, é baseado nos modelos observados no túmulo de Tutankhamon; o segundo, mais robusto e de decoração mais elaborada, corresponde à descrição do carro que Toutmosis III utilizada na batalha de Megiddo.
Rodas radiantes, molas, amortecedores, barras anticapotamento, retrovisores de forma convexa - toda a arquitetura foi estudada à lupa e reconstituída.
Após três meses de esforços a equipa consegue ser bem sucedida nos testes em que os carros avançam velozmente pelas areias do deserto.
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