Na opinião ontem expressa na sua rubrica semanal, José Sócrates abordou três temas de candente atualidade e que mereceram o devido ênfase da sua parte.
O primeiro teve a ver com o decréscimo de alunos a entrarem este ano nas Universidades portuguesas. O saldo percetível da ação de crato à frente do ministério da Educação já se traduz numa perda de 18% de alunos em três anos escolares. E não se explique essa realidade com a demografia: por esse prisma também foi com a chegada de passos coelho à liderança do governo que a retração de nascimentos se acelerou, pelo que tal efeito só se sentirá daqui a uns anos.
A razão só pode ser atribuída ao desinvestimento no setor, que se traduzirá num défice cada vez mais significativo na competitividade do capital humano nacional. Precisamente aquele em que mais se deveria apostar para infletir a evidente degradação da economia e das finanças do país.
O segundo tema teve a ver com a criminosa decisão de crato em promover o cheque-ensino para as famílias, que decidam inscrever os seus filhos nos colégios privados. Como denunciou Sócrates, a OCDE - com os eloquentes exemplos da Suécia e do Reino Unido - já alertou os governos para os efeitos perversos dessa opção ideológica. Ao transferir verbas para a iniciativa privada o (des)governo só demonstra a vontade em desinvestir ainda mais na escola pública, prejudicando-lhe a imprescindível qualidade.
Para terminar falou-se das autárquicas e como passos coelho também mentiu com todos os dentes, quando demagogicamente dissera «que se lixem as eleições!».
Pelo contrário toda a ação do (des)governo nestas últimas semanas - com manipulação dos indicadores económicos e subestimação de fatores favoráveis, que não controla - tem sido orientada para minimizar a esperada derrota nas autárquicas. Passado o mês de setembro cairão como uma bomba os novos cortes para reformados e quem ainda tem emprego como forma de prosseguir uma política, que só tem afundado ainda mais o país...
Sem comentários:
Enviar um comentário