Nos meus blogues tenho falado amiúde do historiador inglês Eric Hobsbawm, de quem um dos livros deu origem a um blogue pessoal, que já desativei: Tempos Interessantes.
No dia em que surge a notícia da sua morte, aos 95 anos, cumpre lembrar um dos mais lúcidos estudiosos da História do Século XX e cuja leitura recomendo para despoluir das ruiramosices e hermanosaraivices, que por aí abundam.
E tivéssemo-lo ainda connosco decerto ele reiteraria quão interessantes permanecem estes tempos em que a força aparente dos capitalistas e dos políticos neoliberais, que os secundam, confronta-se com um crescendo lento, mas progressivo de um movimento social a nível internacional, que deixa prever algo de novo no horizonte.
Quem anunciou para o século XXI supostos choques de civilizações ou fins da História deverá estar a dar tratos à cabeça para compreender como as contas lhes estão a sair furadas. É que valores momentaneamente secundarizados pelo consumismo alienante, como o são a justiça, a igualdade e a solidariedade recuperam importância e tornam-se de novo glamorosos para quem neles vê a promessa de um mundo feito de pessoas e não de números numa qualquer tabela de excel.
Por tudo quanto nos ensinou fica o tributo a Eric Hobsbawm.
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