Noutros tempos - mormente se tivesse ocorrido durante os governos de José Sócrates! - a notícia significaria um escândalo, que televisões e jornais aproveitariam para empolar com justificada razão. Mas hoje, ao saber-se que Passos Coelho entregou à Comissão Europeia o pacote com as suas novas medidas de austeridade sem passar cavaco quer ao dito, quer aos partidos da oposição, quer aos parceiros sociais, só se demonstram duas coisas: que a ideia de democracia lhe é visceralmente estranha e, quando a ela forçado, uma chatice; e que a tal asfixia democrática, que tanto se verberou aos socialistas era uma verdadeira corrente de ar comparada com a escassa relevância dada pelos órgãos de (des)informação a tal assunto.
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