terça-feira, 9 de outubro de 2012

CINEASTA: Matteo Garrone



Em 2008 o realizador italiano Matteo Garrone ganhou o Grande Prémio do Juri do Festival de Cannes com o seu filme Gomorra.
Este ano repetiu a proeza com outro título: Reality.
Esta semana ele confessou-se ao jornalista Laurent Rigoulet, contando muito do que constitui a sua biografia.
Por exemplo, considerou que o cinema é para ele a forma de emancipação, tornando-o feliz e apaixonado, mesmo quando o faz sofrer.
O primeiro filme, que viu, foi Robin dos Bosques da Disney no cinema Embassy de Roma, experiência que repetiu por doze vezes, quando ainda era petiz, levado pela avó. Já então o que o fascinava no personagem era o seu desejo de justiça.
A sua chegada ao cinema, enquanto realizador, fez-se por via do desenho. Desde cedo começou a criar os seus próprios story-boards , que, tantos anos depois, ainda o orgulham pela sua pureza e sinceridade.
Os estudos de artes plásticas e particularmente de pintura prolongam-se até aos 25 anos, altura em que entra no mundo dos filmes. Mas a sua opção profissional também se explica pelo facto de ser filho de um crítico teatral, o que o força a respeitar essa atividade cultural. Mesmo que reconheça querer sentir-se à distância do que se escreve sobre os seus filmes, mais decidido a confiar nos seus julgamentos ou no dos amigos.
Hoje escolhe como filmes da sua vida o Oito e Meio de Fellini e o Andrei Roubliov de Tarkovski e confessa a ambição de poder adaptar para cinema O Monge Negro de Tchekov.



Sem comentários:

Enviar um comentário