Passamos a vida a tentar ganhar tempo. E, no entanto, no fim de contas, temo-lo cada vez menos. Aonde estará o erro?
Atafegados nos nossos aparelhos eletrónicos, corremos de uma reunião para outra. Estamos em estado de estimulação permanente. Mas para as coisas verdadeiramente importantes - os amigos, a família - o tempo parece nunca bastar. Bem vistas as coisas a concorrência não nos traz felicidade.
Quem anda a carregar no nosso acelerador?
No seu documentário «Speed - à procura do tempo perdido», o cineasta alemão Florian Opitz conduz a investigação de forma subjetiva e sarcástica, conseguindo um tom divertido e atraente. Para tal entrevistou quem anda a acelerar e quem anda a querer sair dessa perpétua agitação. Interroga especialistas da gestão do tempo, terapeutas e cientistas sobre as causas e as consequências da contínua falta de tempo. Encontrou quadros de topo em empresas, especialistas dos mercados financeiros, mas também conheceu os avessos a essa corrida desenfreada.
Para aprofundar a questão o filme leva-nos ao Butão aonde descobriu a exequibilidade de um outro ritmo, bastando ter vontade para tal. Uma vida sã tem de passar por recuperarmos tempo para o que gostamos.
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