De entre todos os maestros, que tenho tido o prazer de ver a dirigir orquestras, a minha preferência vai para a subtileza de Claudio Abbado, que só lamento nunca ter podido ver ao vivo. Acompanhar um concerto na Mezzo ou na Brava dirigido por tal maestro é um deleite pela forma como as suas longas mãos se movimentam para conseguir interpretações com alma.
Quanta diferença comparativamente com o rigor teutónico de um Karajan ou a antipatia de um Celibidache apesar de ser inquestionável o seu talento e só para citar os maiores de entre os que temos o privilégio de revisitar em gravações transformadas em documentos históricos!
Em Portugal o nível é outro, mas prefiro de longe a honestidade de um Pedro Carneiro ou de um Pedro Neves - até mesmo de um Cesário Costa! - aos saltinhos de uma Joana Carneiro, que tanto entusiasmam daquelas tais senhoras de que falava o Mário Viegas (“que nunca mais! Mas que nunca mais!”) das plateias da Gulbenkian.
Mas o videoclip, que acompanha este texto no blogue, dá-nos outra excelente variante de uma direção de orquestra competente e original: na Sinfonia 88 de Haydn, com a Filarmónica de Viena, Leonard Bernstein demonstra ser possível conseguir o que pretende apenas pelo jogo mímico do seu rosto.
Vale a pena ver!
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