No «Expresso Online» Daniel Oliveira explica porque é que o Orçamento para 2013, hoje apresentado na sua versão oficial, é um crime de Estado contra o País. Porque desviando somas colossais da economia para pagamento de juros usurários da dívida, será o golpe de misericórdia no mercado interno causando um interminável fluxo de falências e de despedimentos em massa de quem ainda tem trabalho.
Mas até o apoio suscitado pelos exíguos subsídios de desemprego poderão ficar em causa, já que sem economia e sem emprego, o Estado não terá aonde ir buscar impostos, que os financiem. Para resolver um problema agravaremos esse problema. Só um idiota não vê isto.
Crime contra a classe média, completamente esmifrada do bocadinho que sobrava para alguma poupança e algum consumo.
Crime ainda contra a justiça social, a honra do Estado (que prefere solver os compromissos com os credores internacionais do que com os pensionistas durante décadas apostados em confiarem ao Estado os seus descontos para serem devidamente ressarcidos nesta fase da vida e se veem deles espoliados!)
E crime ainda contra a autoridade do Estado, porque qualquer cidadão tudo fará para encontrar soluções na economia paralela numa fuga possível aos iníquos impostos.
Conclui Daniel Oliveira: Este orçamento é um crime. E como crime deve ser tratado. A partir de hoje, e confirmando-se as linhas fundamentais do Orçamento, é um imperativo patriótico impedir que ele seja aprovado. Na rua, nos tribunais, em todo o lado. E fazer tudo o que a lei permite para que estes loucos sejam escorraçados de São Bento.
Por seu lado, no blogue «Arrastão», Sérgio Lavos alerta para quem se quer convencer da morte prematura deste governo: Um Governo em "modo Relvas" é um Governo que não cairá. Que se mantém, vive e respira, emitindo leis e fazendo orçamentos, destruindo e distribuindo, serviços e prebendas. Não cairá. Nem é certo que saia com benzina: a nódoa está demasiado entranhada. Desconfiem.
Mas, mesmo que para a satisfação dos milhares que se vão manifestando na rua, Passos Coelho e Relvas sejam erradicados da governação, não será motivo para atirar foguetes: As políticas ficarão. (…) Com Aníbal conduzindo os elefantes pela estreita passagem do memorando, o pior pode ainda estar para vir. É preciso que a nódoa seja vigorosamente cortada, rasgada, obliterada.
No blogue «Ladrões de Bicicletas» o Nuno Serra conclui a sua análise sobre as recentes declarações de Christine Lagarde, Durão Barroso e Vitor Gaspar na seguinte síntese: Imaginem uma unidade de cuidados intensivos onde um paciente é submetido a uma terapia errada, que não só não lhe cura o mal de que sofre como o está a matar. Desafiados a explicar por que razão o paciente não melhora sob os seus cuidados, a Dra. Lagarde diz que as doses de medicação têm efeitos secundários preocupantes e que foram mal calculadas, mas continua a administrá-las da mesma forma. O Dr. Barroso, por seu turno, culpa o doente por ter aceite a medicação que lhe foi prescrita. E o Dr. Gaspar (coadjuvado pelo Dr. Abebe), diz que não há problema nenhum com a prescrição: se não está a funcionar é porque andam uns ventos a soprar lá fora e que o que há que fazer é, seguramente, reforçar a dose terapêutica."
Hoje são muitos os que, ideologicamente à direita, se descobrem atónitos a constatar o desempenho de quem eleitoralmente apoiaram como é o caso de Pedro Marques Lopes no «DN»: É muito difícil para um qualquer cidadão a quem este Governo se prepara para retirar mais uma parte dos seus rendimentos ou mandar para o desemprego compreender tanta desorientação, tanta incompetência, tanta irresponsabilidade .
Sem comentários:
Enviar um comentário