Douglas Sirk é conhecido pelos seus melodramas tão idolatrados por Rainer Werner Fassbinder. Mas a sua filmografia não se limita a esse género e ele mostrou a sua tarimba noutros géneros, entre os quais o western.
“Taza, Filho de Cochise”, que realizou em 1954 é um bom exemplo disso mesmo, ao contar a história de um chefe índio, que se comprometera com o seu pai moribundo a manter a paz na tribo índia, que ele conseguira pacificar. Mas o irmão, Naiche, não só lhe inveja o estatuto, como a bela Oona, que ele corteja. E, por isso, decide associar-se a Geronimo na campanha contra os caras pálidas.
Para cumprir a promessa ao pai, Taza irá defrontar o irmão.
Segundo Samuel Dohaire, crítico da revista Telerama, o filme consegue ser movimentado e contemplativo, ridículo aqui e eli, mas também dotado de assinalável beleza plástica.
Mais do que a trama em si importa atentar nos enquadramentos, como é o caso do de uma árvore morta no primeiro plano com os ramos a recortarem a paisagem mineral.
A tonalidade crepuscular é oportuna para demonstrar o inevitável desaparecimento de toda uma civilização ameríndia.
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