Resumo da matéria dada (pelo menos aqui neste blogue): desde as eleições de junho de 2011, que defendo a forte probabilidade deste (des)governo cair na sequência das eleições autárquicas de setembro próximo.
Julgava então que as políticas “para além da troika” prometidas por passos coelho seriam tão impopulares, que os resultados eleitorais viriam consequentemente a espelhar tal descontentamento. Sobretudo num partido aonde os caciques autárquicos costumam ter tanta relevância...
É verdade que não imaginaria a dimensão do desastre nestes dois anos praticamente decorridos desde então. Cheguei por isso a pôr em causa o meu zandinguismo com a crença em como as grandes manifestações de 15 de setembro de 2012 ou de2 de março deste ano implicariam consequências mais determinantes do que efetivamente tiveram.
Esquecia-me então do afã desta gente em manter-se no poder para levar até ao fim o projeto ideológico congeminado a meias com os invisíveis gurus, que estão por trás desta austeridade “custe o que custar”.
Mas, que mais tarde ou mais cedo - volto a apostar em setembro próximo! - o (des)governo cai é uma certeza cada vez mais evidente, e melhor espelhada nas atitudes de paulo portas de há uma semana a esta parte.
Ele sabe que o fim se aproxima e adivinha o descalabro para o PSD, ainda não demonstrado nas sondagens, mas já nelas pressentível. E quer salvaguardar os dedos, mesmo perdendo os anéis inerentes a esta passagem pelo palácio das Necessidades.
Ora, nada melhor do que utilizar o biombo dos pensionistas, arvorando-se novamente em defensor dos seus interesses.
O problema é que nem o potencial de alzheimer destes o salvará: as malfeitorias cometidas com o seu acordo nestes dois anos têm sido tantas, que não deixarão de ser intensivamente recordadas na hora da verdade. E paulo portas arrisca-se a ter de arranjar um novo ribeiro de castro, que aguente com o partido do táxi enquanto tratar de uma nova travessia do deserto...
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