Em 2013 passam oitenta anos sobre a subida de Hitler ao poder. E, no entanto, a história do nazismo já parece tão explorada em livros e filmes, que a efeméride parece estar a ser praticamente ignorada por quantos necessitariam de ver reavivada a memória a respeito das circunstâncias em que isso ocorreu.
É que a Aurora Dourada na Grécia, o atual regime húngaro ou a inusitada força política demonstrada pela extrema-direita em diversos países europeus (França, Bélgica, Finlândia, etc) é bem reveladora de como os fantasmas xenófobos continuam bem vivos e precisam de ser intensamente combatidos.
Porque o que a História nos mostra é que, para se apossar do poder absoluto na Alemanha de 1933, Hitler nem precisou de ter a maioria social por si, nem ganhar as eleições. Bastou usar a força bruta, receber o apoio financeiro do patronato e contar com a divisão da esquerda entre os sociais-democratas e os comunistas.
Na Europa atual assistimos a uma agudização das lutas sociais à medida que o número de desempregados sobe e o abismo de rendimentos entre os muito ricos e a restante população se vai cavando.
Para os marxistas é evidente que existem condições materiais para uma revolução anticapitalista. Mas continuam a subsistir os mesmos fatores, que levaram Hitler ao Reichtag: os patrões, sobretudo os da banca, nem disfarçam o alheamento à crise social dos seus compatriotas (vide as declarações ultrajantes de Fernando Ulrich!), nem as diversas forças da esquerda aprenderam as lições das derrotas passadas para as tentarem evitar nas próximas batalhas, que se divisam mais próximas.
A verdade é que urge neutralizar os fatores que, no passado, deram a vitória ao fascismo! Sob pena de dele voltarmos a padecer!
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