Semana após semana a montanha anda a parir um rato: primeiro foi o pretexto da vitória do Benfica no campeonato nacional a adiar o reencontro de José Sócrates com josé rodrigues dos santos depois deste ter levado com um merecido atestado de estupidez.. Desta feita, quando esperávamos novo e palpitante embate entre o “animal feroz” e o bajulador-mor do (des)governo na RTP, foi josé adelino faria quem surgiu a fazer as despesas da conversa. Com os mesmos objetivos de contrariar os argumentos do interlocutor, ainda que de forma mais polida, em favor de quem acabara de encenar uma tão tosca quanto descarada manobra eleitoralista a propósito da suposta «saída limpa» do memorando.
Mas embora não tenha procurado limitar a clareza da exposição de Sócrates apressando-o sempre em função da escassez de tempo, a verdade é que a duração da rubrica tem diminuído consecutivamente e, desta feita, não chegou sequer aos quinze minutos. Os suficientes, porém, para que ficasse uma vez mais desmentida a mistificação de passos coelho em como foram os socialistas quem quiseram trazer a troika para Portugal. As afirmações do atual primeiro-ministro esbarram com estrondo com as que ele proferiu abundantemente na altura em que já não conseguia esconder a forte salivação por se abeirar do desejado pote.
Mas a despudorada conduta da RTP para com Sócrates vai ao ponto de apresentar, depois da sua Opinião, as posições oficiais do PSD e do CDS sobre a comunicação de passos coelho. Como se julgassem possível que as mentiras grosseiras de matos correia e de nuno melo conseguissem menorizar o que ficara exposto tão claramente nos minutos anteriores. Sobretudo quanto à prossecução das políticas de austeridade por esta coligação que, além de economicamente opostas à necessidade de crescimento do PIB e à redução do desemprego, só continuam a vigorar por manifesta miopia ideológica de quem a impõe.
Faltam três semanas para ajustarmos contas com este (des)governo no primeiro round eleitoral em que o poderemos julgar. E é altura de cumprirmos o nosso dever: quanto mais depressa corrermos com esta gente, mais a esperança em dias melhores se tornará possível.
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