Na sua crónica semanal no «Público» o antigo ministro da Saúde e atual deputado europeu Correia de Campos confessou que enjoa a propaganda da aliança de direita às eleições europeias. E, muito didaticamente, desmascara as três principais mentiras dessa campanha:
· que foi o PS quem quis que a troika viesse e não a coligação da direita com a CDU e com o Bloco para derrubar o governo de José Sócrates;
· que os efeitos gravosos da austeridade destes três anos se deveram ao desenho original do memorando, como se PSD e CDS não tivessem mostrado um explicito entusiasmo com ele e até batessem palmas a vítor gaspar por o querer agravar ainda mais;
· que o PS é o partido despesista como se não abundassem múltiplos exemplos desse despesismo nos governos de cavaco silva, durão barroso e paulo portas - que Correia de Campos lista - mas em que bastaria referir os dois submarinos para que esse argumento caísse pela base.
O colunista considera estarmos perante “ o doce perfume da mentira” (o título do seu texto), mas temos de discordar porque, de tão primária ela é acre e mal cheirosa. Aliás o aspeto de rangel e de nuno melo condiz com os seus discursos: até na imagem eles aparentam escassa higiene física para aliar à falta de asseio mental.
Quando as televisões passam reportagens sobre os passeios dos dois cabeças de fila da coligação só se justifica a nossa atenção para ver até que ponto não são filtrados pelas televisões os mimos com que andam a ser prendados de norte a sul.
Porque, sem essa justificação, vê-los em ação, mais do que enjoar, só pode dar vómitos!
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