Quem chega à mais concorrida sala do Louvre e depara com o quadro tem a deceção inerente ao seu reduzido tamanho. 77 centímetros de altura e 53 de largura.
Com tantas cabeças postadas à sua frente é difícil ver o sorriso enigmático e o olhar de soslaio da mulher mais admirada do mundo.
Mais de quinhentos anos depois de ter surgido do pincel de Leonardo da Vinci, a Gioconda continua a atrair diariamente milhares de visitantes e a inspirar artistas, cientistas ou publicitários.
Exemplos mais recentes: a campanha da Liga Italiana contra o Cancro em que ela aparece de cabeça rapada ou o título «Smile Mona Lisa» de um dos rappers do Black Eyed Peas.
Não admira que se continuem a rodar filmes e documentários, que a tenham por tema. O do norte-americano Joe Medeiros, rodado em 2013, dedica-se a abordar o roubo a que ela foi sujeita em 1911 por um operário italiano.
De facto, em 21 de agosto de 1911, o retrato de Mona Lisa desaparece do salão Carré do Louvre e durante dois anos e meio ninguém consegue-lhe adivinhar o paradeiro.
Transforma-se num dos casos mais mediáticos dessa época.
A polícia francesa, desconcertada, não negligencia nenhuma pista. Mas o tempo vai passando e os parisienses vão-se adaptando á ideia de não tornarem a ver a obra de Leonardo da Vinci. Quando, afinal, quer o quadro, quer quem o roubou, estão ali bem perto do local do crime, num sótão do 10º Bairro de Paris.
Em dezembro de 1913, o operário italiano Vincenzo Perrugia escreve a um negociante de arte de Florença chamado Alfredo Geri para lhe confidenciar a intenção de expedir o quadro para Itália: na verdade ele acredita que a maioria das obras de arte italianas expostas no Louvre foram roubadas por Napoleão.
Geri convence então Perrugia a levar-lhe o quadro aos Uffizi e ele é aí apanhado pela polícia. Dias depois o quadro voltava ao célebre museu francês...
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