Quando Pierre Soulages pinta só se serve de uma cor: o preto. E para a aplicar fabrica ele próprio as ferramentas a partir de blocos de madeira ou de espátulas, criando imagens monocromáticas que parecem esculturas e em que importa identificar os efeitos dos reflexos de luz na sua superfície enrugada. Obras que o tornaram no pintor francês mais conhecido do nosso tempo.
Em junho de 2013 a casa Sotheby’s leiloou um dos seus quadros por mais de cinco milhões de euros, naquele que foi um record mediático. E as suas obras estão nas coleções de uma centena de museus de arte moderna um pouco por todo o mundo.
Agora, aos 94 anos, Pierre Soulages está quase a assistir à inauguração do seu museu, que abrirá as suas portas no dia 31 de maio na sua cidade natal, Rodez.
O edifício foi concebido por um coletivo de arquitetos catalães (RCR) e contará com cinco centenas de obras doadas pelo artista e que valem mais de 40 milhões de euros. E, como não queria que o seu museu se transformasse num mausoléu, Soulages teimou na construção de uma sala de exposições suplementar para que possam ser reveladas obras de outros artistas contemporâneos.
Riquíssima no seu roteiro de museus de arte contemporânea, a França prepara-se para contar mais um de visita obrigatória.
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