quinta-feira, 8 de maio de 2014

POLÍTICA: Todos os indicadores mostram como a maioria dos portugueses empobreceu!

“Quase um quarto dos portugueses continua sem conseguir pagar despesas básicas” é o título do interessante trabalho assinado por Ana Rute Silva no «Público» de hoje e que é resumido por esta síntese introdutória: “Três anos de troika trouxeram de volta a marmita, deram impulso às promoções e houve quem regressasse aos campos para cultivar a própria comida. Com um apertado orçamento familiar, os consumidores jogaram à defesa.”
Temos assim um país em que o desemprego de longa duração já afeta meio milhão de pessoas depois de terem sido destruídos 332 mil postos de trabalho. Não admira, pois, que um estudo da Kantar Worldpanel revele que 24,7% dos consumidores reconheçam não terem dinheiro para as necessidades básicas.
E que o mesmo documento revele que, relativamente ao ano anterior, verificaram-se as seguintes quedas nas vendas em 2013:
· 7% na fruta;
· 9,5% no pão;
· 1,5% no volume de compras no total do ano;
Reportando aos indicadores de 2012 já eram 40% os portugueses, que levavam a marmita para o local de trabalho (eram 29% em 2009) e as vendas em roupa tinham caído 7.1%. Não admira que um dos crescimentos - 7% - em vendas tenha sido o do Nestum com que muita gente anda a enganar a fome.
Os números são, pois, avassaladores para a coligação, que tudo vai fazendo nestes dias para reduzir a dimensão da sua próxima derrota eleitoral. O inefável montenegro silenciou a sua ladainha sobre o quanto Portugal melhorou nestes três anos, tão ridícula ela soava perante as evidências sobre o quanto piorou a qualidade de vida dos portugueses. Mas as pessoas passaram a viver com dificuldades acrescidas depois de sentirem a possibilidade de progredirem num país onde as obras públicas conseguiam alavancar o consumo e transmitirem a ideia de legarem aos filhos um futuro bastante mais promissor.
Três anos desta coligação significaram muitas depressões e suicídios, a somarem-se a outras formas de sofrimento - nomeadamente a nível da violência doméstica - que tanto contribuem para o volume de vendas dos pasquins do costume, os que se comprazem com a miséria alheia...


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