terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

POLÍTICA: a incontornável realidade dos números!

As notícias sobre a reeleição de passos coelho como presidente do PSD enfatizaram em demasia o facto de ele parecer incontornável à frente do partido, que nenhum adversário apareceu a enfrentá-lo.
Sabe-se que não é assim bastando ouvir os comentadores televisivos ligados ao partido que, sem o quererem hostilizar, não deixam de produzir algumas criticas ao rumo da governação. Eles revelam um mal estar que, porém, ganha outro significado através dos números dos eleitores e dos votantes nesta recente eleição.
Assim, se em 2010 o PSD contava com cerca de 51 mil militantes em condições de votar, verifica-se uma debandada geral nestes três anos entretanto decorridos, com tal número a baixar para um terço,
A mesma proporção ocorreu em Lisboa onde em 2011 se contavam 8491 militantes, dos quais restam agora apenas 3164.
O que terá levado tanto militante laranja a pôr-se de candeias às avessas com o partido em que costumava confiar? Sobretudo, quando ele está no poder e está ativa a central de empregos para os seus “boys”?
Parece evidente que, até para um tipo de interveniente político, que se enquadrava nos ideais mais à direita, a austeridade custe o que custar de passos coelho, causou uma profunda deceção.
Se a direita anda a criar uma campanha mistificatória, em que até as sondagens procura manipular no sentido de querer passar a ideia de lhe ser possível acumular vitórias eleitorais umas a seguir às outras, a realidade interna mostra um ídolo com pés de barro. Cada vez mais isolado na forma como vê a realidade e a quer transformar, sem compreender como as derrotas virão a ser avassaladoras.
Mesmo contando com a falta de carisma daquele que deveria, nesta altura, encarnar o projeto de mudança a que aspiram os portugueses!


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