domingo, 9 de fevereiro de 2014

POLÍTICA: a vida difícil dos emigrantes na Líbia

Milhares de pessoas subsarianas atravessam as fronteiras líbias. Homens e mulheres que desafiam todos os perigos para trabalhar ou atravessar o país.
Para alguns, atraídos pela miragem da reconstrução, a Líbia é um novo eldorado. Para outros é uma terra de passagem para a Europa. Mas, dois anos depois da queda de Muammar Kadhafi, o país está à beira da Implosão. Os emigrantes são as vítimas do caos económico, da instabilidade securitária e da fraqueza do governo central.
No jardim zoológico de Tripoli, transformado em centro de detenção, a milícia de Abdel Rezag, oficialmente sob a tutela do ministério do Interior, desafia o governo e aplica a sua própria lei. Para os ex-rebeldes, a nova Líbia deve livrar-se de todos os emigrantes clandestinos.
Nesses centros de detenção os emigrantes são vítimas de numerosas violações dos direitos humanos. Os que ainda não foram apanhados pelos milicianos, escondem-se com medo de serem roubados ou agredidos.
Os refugiados eritreus, que fogem da ditadura do seu país, tornam-se vítimas fáceis. È que nem o estatuto da agência das Nações Unidas para os refugiados (UNHCR) os protege.
Exaustos depois de atravessarem o deserto para ali chegarem, muitos desses emigrantes acabam por pedir o repatriamento, enquanto outros arriscam a perigosa travessia do Mediterrâneo para a Europa.


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