Abril de 1865. Um grupo de republicanos, admiradores ardentes da democracia americana, reúne-se em Glatigny para celebrar a abolição da escravatura nos Estados Unidos e prestar homenagem ao presidente Lincoln, assassinado seis dias antes.
Durante esse jantar Édouard de Laboulaye, o político organizador dessa discreta reunião, evocou a ideia de uma estátua colossal, símbolo da Liberdade, e que correspondesse a uma prenda da França à América.
Foi um discurso exaltado, que impressionou um jovem escultor aí presente entre os convivas: Auguste Bartholdi. Que começa a pensar imediatamente num estaleiro de dimensão bastante para conseguir criar essa estátua da Liberdade a iluminar o Mundo, que passará a dominar o porto de Nova Iorque a partir de 28 de outubro de 1886.
Utilizando fotografias de arquivo e reconstituições com atores, Mark Daniels retrata a movimentada génese da mais célebre estátua a nível mundial ao mesmo tempo que informa sobre o percurso incomum do seu criador.
Além de talentoso artista, Bartholdi revela-se um publicitário de excelência ao conseguir impor com obstinação a sua obra, quer a franceses, quer a americanos.
O risco de censura deste projeto demasiado republicano para as autoridades do Segundo Império, bem como as reticências dos industriais americanos a financiarem esta iniciativa, somam-se aos inéditos constrangimentos técnicos, que funcionaram como obstáculos só superáveis graças ao apoio de alguns dos homens mais ilustres do seu tempo: Gustave Eiffel, Joseph Pulitzer.
Sem comentários:
Enviar um comentário