Em mais um excelente artigo de opinião inserido no «Diário Económico» Pedro Silva Pereira vem desmontar a campanha da direita quanto à necessidade da “ajuda externa” solicitada em 2011, mediante a revisão da História operada pelo comissário oli rehn.
Ora, essa necessidade de reescrever a factualidade dos acontecimentos é uma necessidade do político finlandês, que se sabe fatalmente condenado, enquanto principal braço direito de durão barroso na estratégia implementada para combater a situação decorrente da crise dos subprimes e da falência da Lehman Brothers
Ele sabe que “o consenso geral diz que a Europa podia e devia ter cortado o mal pela raiz, logo que os mercados escolheram a Grécia como primeiro alvo”.
Agora, três anos depois, é a dívida média europeia que ascendeu a 93% do seu PIB, ou seja “sensivelmente o mesmo (!) que Portugal apresentava em 2010 quando, por entre gritos de pânico, soaram as campainhas de alarme”.
Mas as palavras de olli rehn até corroboram uma verdade virtuosa: ciente das consequências que a vinda da troika implicaria, o governo de José Sócrates tentou evitá-la até ao limite. “E bem. A história ensina que nenhum país pede ajuda externa a não ser quando é absolutamente necessário. Mas o apoio expresso da Comissão Europeia e do BCE ao PEC IV continha uma mensagem clara: não encostem Portugal à parede. O problema é que por cá houve quem achasse que tinha uma ideia melhor.”
Com as consequências nefastas que quase todos sentimos nos nossos esvaziados bolsos...
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