Nos Estados Unidos, uma rapariga em cada oito defende a abstinência sexual antes do casamento. Os cristãos evangelistas, que defendem uma interpretação rígida da Bíblia e uma sociedade baseada no sacramento do casamento, ganharam particular influência no país da “liberdade individual”.
A família Wilson vive em Colorado Springs, que é a capital dessa comunidade religiosa, de que se sentem a mais perfeita encarnação: Lisa, a esposa e mãe de família, assegurou a educação dos sete filhos em casa. Os mais velhos ainda parecem mais fanatizados nesses pontos de vista do que os progenitores.
Os Wilson são os promotores dos «Purity balls», ou seja esses bailes em que as jovens adolescentes, vestidas como noivas e escoltadas pelos respetivos pais, fazem o juramento de se manterem virgens até ao altar.
Por seu lado, os rapazes da família têm o direito a um outro tipo de cerimónia, que celebra a sua entrada na sua capacidade de procriar.
Temos em contraponto a “doçura e abnegação feminina” e a “honra viril”, ou seja uma estratificação sexual no cumprimento dos papéis pelos quais cumprirão a mesma missão: servir a vontade de deus.
O documentário de Miriam von Arx acompanha a vida quotidiana destes representantes de um dos mais fanatizados grupos de pressão política, paradoxalmente obcecados pela sexualidade numa sociedade, que pretendem “purificar”.
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