sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

POLÍTICA: Alguns sinais dos tempos que vão passando (1)


· Começa a fazer o seu caminho a ideia de trasladar os restos mortais de Salgueiro Maia para o Panteão Nacional. Proposta por Manuel Alegre vai crescendo o número de apoiantes a uma forma de homenagem, que há muito é devida ao capitão de abril.
· Discursando na Associação 25 de abril, Eduardo Lourenço caracterizou de “humilhante” a situação de Portugal, mas manifestou confiança  numa “revolução democrática e eufórica” contra quem nos quer fazer pagar “compras que pessoalmente não pedi para fazerem.”
· Estava anunciado nas estrelas: a obra de José Saramago não fazia sentido numa Leya, que tem a cultura a conceção da mercadoria apropriada para competir com qualquer outro produto de hipermercado.  Pilar del Rio e Violante Saramago andam á procura de um editor, que não só se valorize á conta do nosso prémio Nobel, mas o saibam promover com a dignidade e a importância do seu legado literário.
· A arte de ser português tem muito a ver com a gestão das aparências e com a capacidade para nelas acreditar. O estudo A Vivência da Pobreza - Como se Sentem os Pobres?, agora apresentado pela AMI, revela que, apesar de 88% dos entrevistados terem um rendimento mensal per capita inferior a 421 euros, apenas 48% consideravam estar em situação de pobreza. Explica a orientadora do estudo: “Quase todas as pessoas tendem a fugir da classe muito pobre e a autoprojetarem-se em classes sociais mais elevadas porque para elas muito pobres são as pessoas que não têm casa, dormem na rua e são pessoas que não têm comida”.
· A vitória de Matteo Renzi nas primárias para a liderança do principal partido da esquerda italiana vem dar razão aos que preveem a morte iminente dos  antigos partidos socialistas e sociais-democratas abrindo espaço para outras forças mais consequentes como o Syriza vem comprovando na Grécia. O defensor das teses da Terceira Via já acordou com silvio berlusconi a revisão da lei eleitoral de forma a que o partido que ganhar por mais de 35% dos voto, será premiado com a maioria absoluta, por muito que ela estivesse inacessível na vontade expressa dos cidadãos.
· O presidente chinês XI Jin-ping tem-se apresentado como o campeão da luta contra a corrupção,  conseguindo afastar ou mesmo prender alguns dos seus mais perigosos rivais. Agora o Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação juntou 2,5 milhões de documentos sobre cerca de 22 mil clientes de off shores com moradas na China continental e em Hong Kong e 16 mil em Taiwan. Desse grupo, há pelo menos 13 famílias de líderes chineses. Entre eles o referido Xi jing-ping.


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