terça-feira, 14 de janeiro de 2014

DOCUMENTÁRIO: «A civilização soterrada» de Harvey Lilley (2006)

Antes da prodigiosa Grécia Antiga, existiu uma outra grande civilização europeia sobre a qual pouco de conheceu até tempos recentes. Fundada pelo rei Minos na ilha de Creta, ela desapareceu em circunstâncias misteriosas, que suscitam diversas teses explicativas.
Já com sete anos este excelente documentário de Harvey Lilley constitui uma investigação arqueológica, que se vê como se se tratasse de um filme policial.
O arqueólogo canadiano Sandy McGillivray, que conta com vinte cinco anos de trabalhos na ilha e é um dos principais especialistas sobre esta espantosa civilização da Idade do Bronze, orientou a descoberta e recuperação de frescos de rara beleza e de joalharia minuciosa com mais de três mil anos.
Tendo estado na origem de uma revolução artística, que constituía um salto qualitativo em relação ao que faziam os seus contemporâneos, os minóicos foram precursores na utilização de uma escrita muito semelhante à que viria a afirmar-se por quase toda a Europa.
McGillivray também concluiu que o até então designado palácio de Cnossos era afinal um templo dedicado ao culto do sol, como o comprovam os seus detalhes arquitetónicos e a forma como permitem a observação periódica do astro-rei.
Terá existido uma grande catástrofe, que explique o seu desaparecimento? MacGillivray percorre as várias hipóteses, que tentam encontrar a resposta para essa questão. Recorrendo a vulcanólogos, a geólogos e a especialistas em tsunamis, ele vai criando paulatinamente o cenário catastrófico, que terá estado na origem do trágico desenlace dessa civilização.
Tudo aponta para uma erupção vulcânica, seguida de um tsunami. O documentário acaba por mostrar em imagens de síntese as vagas de vinte metros, que terão destruído a ilha e o que os seus habitantes tinham nela construído.



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