A ser verdade o que Ricardo Cabral assina hoje nas páginas do «Público» («O Novo Banco, a EU e os direitos fundamentais») existe uma coligação, que liga o ex-secretário de Estado Sérgio Monteiro (responsável pelas mais danosas privatizações do governo de Passos Coelho), o Banco de Portugal que o contratou e a Direção Geral da Concorrência da União Europeia para entregar rapidamente o Novo Banco a quem por ele der 500 milhões de euros.
Isso significaria oferecer a quem vier a ser dono do Banco uma benesse de mais de quatro milhões e meio de euros, repetindo o tipo de negócio, que tanto ajudou o Santander a melhorar as suas contas do ano transato com a aquisição do Banif.
Por isso mesmo o economista, que costuma dividir a sua coluna com Francisco Louçã e Bagão Félix, insiste com a ideia de ser inaceitável a venda do Novo Banco nesta altura. Pelo contrário, apresentando ratios bem mais equilibrados do que o Deustsche Bank, será desejável mantê-lo sob controlo estatal, a exemplo do que aconteceu na Holanda, no Reino Unido e na Suíça com casos similares.
Eis, pois, um caso a acompanhar atentamente nos próximos dias e esperar que, por esta vez, Sérgio Monteiro não consiga ser bem sucedido nas negociatas, que andou a promover enquanto tinha poder para tal.
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