Que bom!, pensaram os intriguistas apostados em demonstrar a desaprovação de António Costa pelas palavras da detestada Mariana Mortágua só por ela ter lembrado o óbvio: que só impondo maiores impostos aos que têm demais é que se consegue dar mais alguma folga nos rendimentos dos mais desfavorecidos.
Que importa o que Costa disse a seguir ainda antes de dar a frase polémica por terminada? Extraída do contexto todas as televisões andaram a enfatizar o contrário do que disse o primeiro-ministro: que, com discursos próprios, os socialistas, os bloquistas e os comunistas comungam da urgência de se garantir uma maior equidade social!
Se nos tempos do governo anterior deveríamos estar atentos à novilíngua inventada pelo seus marketeiros, cuja criatividade se destinava a iludir as medidas mais negativas em embrulhos vistosos, que até daria gosto aceitar como «prenda», nos atuais vemo-nos obrigados a estar particularmente atentos às manipulações e deturpações do que dizem os políticos da maioria parlamentar, sempre concluindo que as suas apressadas e enfatizadas leituras jamais coincidem com o seu verdadeiro sentido.
Não está fácil a vida deste governo quando todas as televisões, jornais e emissoras radiofónicas estão pejadas de gente capaz de mentir descaradamente só para apelar aos tais demónios que, azar o deles, nunca acaba por se dar a ver!
Felizmente que a sua credibilidade vai-se esgotando nos contínuos desmentidos das barbaridades, que se vão atrevendo a repetir até á exaustão...
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