Terão havido portugueses seduzidos pela banca alemã: em vez de nela verem a representação de quem nos oprime, com sucessivas pressões para regressarmos ao austericídio, houve os que consideraram auspiciosa a colocação do seu dinheiro no Deustsche Bank por o considerarem mais estável e de confiança. Essa opção até era motivo de orgulho na roda de amigos e conhecidos, constituindo motivo de afirmação perante continuava a ser saloio bastante para manter o dinheiro nos bancos nacionais.
“Um dia ainda se lixam!”, avisavam, como se a falência do sistema financeiro nacional os não viesse a atingir por causa dessa opção prevenida.
Eles mais não faziam do que cumprir uma sina nacional: quando veem chegados os invasores há sempre uns quantos a quem a eles se acolite na esperança de recolherem expectáveis dividendos. Só que a História tem ensinado que as coisas acabam por lhes correr mal: umas vezes são atirados das janelas, outras sentem as consequências nas carteiras. E, agora parece ser isso que tende a acontecer: pela segunda vez durante o corrente ano o Deustsche Bank informou os clientes do cantinho à beira mar plantado do aumento das comissões praticadas sobre todas as contas neles contratualizadas, tornando-as das mais elevadas no nosso país.
Pelos vistos há quem esteja insatisfeito e se queixe. Mas, cá por mim, quem os mandou fazer dos alemães os guardiões dos seus dinheiros e investimentos? Como diria o outro, aguentem, aguentem, que os prejuízos colossais do banco têm de ser pagos por alguém.
Gerhard Richter
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