Será que este verão tem sido mais quente, menos húmido e mais ventoso do que os do período em que José Sócrates foi primeiro-ministro?
Será que apareceram, vindos sabe-se lá de onde, uma chusma de incendiários apostados em prejudicar o esforço de recuperação económica do país?
Será que existem outras razões, não imputáveis à falta de meios ou de coordenação, que justifiquem as vastas superfícies reduzidas a cinzas e as quatro mortes já verificadas (sem sequer contarmos com as dezenas de feridos!) entre os bombeiros mobilizados para o combate aos incêndios?
Nós não esquecemos o oportunismo com que paulo portas aparecia em anos idos, quando estava na Oposição, para invocar todos os argumentos possíveis e imagináveis para maldizer as políticas do governo socialista!
Nessa altura não faltavam promessas em como seria capaz de fazer bem melhor, quando chegasse ao governo.
Ainda não tínhamos nessa altura a demonstração de como o vice-primeiro-ministro era tão dado à irrevogabilidade das opiniões!
E, no entanto, assunção cristas - a sua aposta para resolver os problemas da agricultura e das florestas - já teve mais de dois anos para cuidar da prevenção de tais ocorrências, tornando-as conformes com as promessas do seu líder. O resultado está à vista e é dramático para quem viu em cinzas as árvores de que colhia rendimento imprescindível para iludir a pobreza. Ou, sobretudo, para quem perdeu a vida ou familiares, sem sequer merecer a atenção conferida por Belém ao zombie entretanto cremado com honras públicas num cemitério lisboeta.
O discurso dos ministros sobre esta catástrofe é o da indigente passividade perante as circunstâncias. Como se tudo devêssemos a vontades divinas predispostas ao inexplicável castigo dos mortais.
O mês de agosto está a terminar, mas deixa a imagem de uma total incapacidade deste (des) governo em apagar os muitos fogos, que incendeiam todo o país!
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