Agosto despede-se com bons augúrios para o futuro próximo. Entre nós o Tribunal Constitucional fez o que lhe competia, chumbando por unanimidade o diploma do (des) governo destinado a iniciar o processo de despedimentos na função pública.
Nem sequer os juízes nomeados por indicação dos partidos da maioria lhes fizeram o frete, passando por cima da nossa Lei Fundamental. O que indicia novas dificuldades para que prossiga o violento ataque a tudo quanto são os direitos e garantias reconhecidos aos cidadãos nacionais,
É claro que não tardarão a ouvir-se os abutres do costume (o camilo lourenço, o césar das neves, o josé gomes ferreira) a apodarem os juízes de todas as vilanias possíveis e imaginárias. Mas não conseguirão iludir a demonstração de completa ilegalidade em que passos & Cª se colocam em tudo quanto diz respeito à aplicação da sua agenda ideológica.
Se tantos portugueses estão a ser seriamente ameaçados pelos fogos, que permanecem ateados pelo Norte e Centro do país, quem parece cada vez mais chamuscado pela sua irredutível teimosia é esta direita a que nem sequer o bombeiro de Boliqueime parece disposto a dar a mão por muito mais tempo.
E, como escrevia Boaventura da Sousa Santos há uma semana na revista «Visão»: a Constituição que temos defendeu-nos até agora do caos. Para nos continuar a defender tem, ela própria, de ser defendida.
Mas não é só internamente que temos motivos de algum otimismo: nos Comuns, o primeiro-ministro inglês teve de meter a viola no saco e esquecer o projeto de atacar a Síria ao ver derrotada uma proposta nesse sentido. Até porque já começa a ter dúvidas quanto à autoria do crime ali perpetrado com armas químicas.
Acabamos, pois, o mês com a direita cada vez mais enredada no labirinto da sua incompetência para lidar com uma sociedade avessa à sua visão para o futuro de quem nela aspira a conquistar merecida felicidade.
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