domingo, 4 de agosto de 2013

POLÍTICA: Esperemos para ver!

A demonstração mais eloquente da anunciada falência da campanha de propaganda agora lançada com o título pomposo de “Novo Ciclo” encontra-se no quadro abaixo (obtido no assaz recomendável blogue que é o «Ladrões de Bicicletas»).
Comparando a realidade de 2011 com a de 2013 só se pode qualificar de monumental DESASTRE a prática governativa destes dois anos dedicados à austeridade custe o que custar.
Agora, mantendo-se em grande parte toda a equipa ministerial e a intenção em prosseguir o cumprimento de todos os ditames da troika, poder-se-á esperar algo de novo?
Anuncia-nos o «Expresso» que, afinal, os cortes previstos de 4,7 mil milhões de euros só constarão de 2 mil milhões em 2014. Como se fosse uma boa notícia e corroborasse a ideia de um novo rumo. Esquecem-se que a paciência dos portugueses para com os cortes sucessivos operados durante este ano equivale a um copo já a extravasar sobre o qual decidem manter uma torneira a jorrar grandes fluxos de sacrifícios adicionais.
É, pois, crível o crescimento da crispação popular quando este supostamente calmo mês de agosto der lugar ao setembro de todos os perigos: com eleições autárquicas e com a preparação do Orçamento para 2014 a implicar medidas intoleráveis para muitos dos que ainda esperam ir escapando através dos pingos da chuva. Porque serão ainda mais os desempregados e os que verão sobrar mais mês ao fim do rendimento propiciado pelo salário ou pelo pequeno negócio.
Como ainda há pouco lembrava Boaventura Sousa Santos a atualidade internacional tem recentemente sido pródiga em grandes protestos surgidos quase a partir do aparente nada.
Esperemos para ver!


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