quinta-feira, 29 de agosto de 2013

POLÍTICA: mas ainda há quem duvide da aproximação das grandes tempestades de outono?

A notícia ontem publicada no «Jornal de Negócios» passou de raspão pelos noticiários e não mereceu a importância que é dada nesta altura aos incêndios ou aos primeiros jogos do campeonato de futebol. E, no entanto, tem um impacto potencial na vida de milhares de portugueses, que escapa à relevância daquelas notícias de abertura dos vários telejornais: quando o (des) governo envia para o FMI números falsos, que possam induzir aquela instituição, já de si nada meiga para com os interesses dos que trabalham, a incentivar medidas ainda mais gravosas no que diz respeito a uma distribuição ainda mais injusta de rendimentos, está a distorcer a realidade de forma a possibilitar uma aceleração da aplicação da sua criminosa agenda económica e social.
Como se viu com o estorricado borges, que até ao fim não renegou a cartilha de que foi altifalante dotado de muitos amplificadores, esta direita não se coíbe em desprezar a realidade dos factos e dos indicadores, demonstrativos de um país em plena catástrofe social, para pretender levar até à lógica da terra queimada a implementação da sua visão económica e política.
Sempre suspeitáramos que a conjunção de um presidente com uma maioria de direita tenderia a desequilibrar a relação entre as várias classes sociais a um nível próximo da rutura da paz e da concertação negociadas dos respetivos interesses. Por ora anda por aí uma enganadora acalmia. Mas os focos de altas pressões estão a formar-se e cavaco deu agora mais um pequeno impulso com a aprovação do horário das 40 horas semanais para os funcionários públicos.
Não é preciso consultar astrólogos ou zandingas para suspeitar da aproximação de um outono de grandes tempestades.  Até porque, passadas as autárquicas, não se encontrarão mais nenhuns artifícios para mascarar uma realidade, que vai de mal a pior...


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