Cansado de ouvir sempre a ladainha do costume até decidira escusar-me ao que passos coelho teria a dizer no calçadão da Quarteira. Até comentei para quem me vai ouvindo a todas as horas do dia: “a televisão fica em silêncio e ouvimos depois os comentários do ricardo costa e do Pedro Adão e Silva”. É que já não encontro suplementos de paciência para gastar vela com tão ruim (futuro) defunto!
Mas, como a vida também implica sacrifícios, quando o sujeitinho começou a tecer as suas elucubrações dispus-me a arranjar argumento sólidos para eventual utilização a meu favor no dia do ´juízo final. E escutar passos coelho vale bem por umas quantas expiações de pecados, mesmo aqueles que me são mais recorrentes!
E a primeira conclusão é esta: o homem não consegue sequer chegar aos mínimos na capacidade para discursar! Já não se pedia que fosse um campeão, mas que, pelo menos justificasse a Liga de Honra!
Para os meus amigos de direita endereço esta pergunta sincera: o que é que conseguem discernir em tal guru, quando as suas palavras são tão pobres e trapalhonas? Aonde se conseguirá ali divisar mais do que os habituais argumentos inseridos nas enciclopédias básicas para laranjas totós?
É claro que o João Ribeiro, a Cecília Honório ou a Fernanda Mateus, que foram convocados pela Oposição para comentar a indigente retórica do locutor pimba do pontal, têm razão quando apontam baterias às pressões inqualificáveis sobre o Tribunal Constitucional ou ao notarem a preocupação em falar para dentro, onde as convulsões foram privatizadas, mas estão sempre à beira de se converterem em manifestações públicas.
Mas anote-se que já nem sequer se ouviu a mentira costumeira de estarmos a chegar a Shangri-la como os indicadores do INE poderiam sugerir. Prova evidente que já nem a tutela acredita na bondade desses números, que apenas mascaram uma realidade patente para quem tem olhos na cara: enquanto este (des)governo continuar a regressão social a que vimos assistindo de há dois anos a esta parte só tenderá a agravar-se.
O que isto está a pedir é aquilo a que Raquel Varela designa como disrupção social dos que se indignam com este estado das coisas!
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